Díli: Exposição ”Direitos Humanos: Eu tenho um Papel”
Descrição
Teve lugar, no dia 13 de outubro de 2018, no Camões - Centro Cultural Português em Díli, a inauguração da exposição: “Direitos Humanos: Eu tenho um papel”, com a participação dos ilustradores portugueses Natalina Cóias e Paulo Galindro.
Escrita em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos constitui um dos acordos internacionais mais profundos e de longo alcance do mundo. Neste ano, em que se celebra o 70.º aniversário da Declaração Universal, tem sido promovida uma intensa e profunda reflexão sobre a importância contínua e vital de cada um e de todos os 30 artigos contidos naquele documento.
A Embaixada de Portugal e o Camões, I.P., com o apoio dos Centros de Apoio e Formação Escolar (CAFE) e da Fundação Oriente, associaram-se a esta celebração, levando a Timor-Leste oficinas de ilustração alusivas aos Direitos Humanos, dinamizadas pelos ilustradores portugueses Natalina Cóias e Paulo Galindro, entre os dias 4 e 10 de Outubro.
Em virtude da riqueza da experiência e da multiplicidade e diversidade nos trabalhos resultantes das oficinas, o Centro Cultural Português de Díli, junto com os ilustradores, considerou importante organizar uma exposição que ilustrasse o envolvimento de alunos e professores.
No discurso de abertura desta exposição, o Embaixador de Portugal em Timor-Leste, José Pedro Machado Vieira, afirmou ser “consensual a necessidade de conhecer, valorizar e defender estes princípios na nossa vida quotidiana. Os Direitos Humanos devem estar presentes na nossa casa, no nosso trabalho, nos bancos das escolas”.
Acrescentou que “cada menina e menino deve saber defender os seus direitos e os dos colegas, longe ou perto”, tendo sido com essa convicção que a Embaixada de Portugal e o Camões, I.P se uniram às escolas CAFE de Díli, Ermera, Aileu, Manatuto e Liquiça, bem como à Escola Portuguesa Ruy Cinatti, para realizar 6 oficinas de ilustração, onde cerca de 800 crianças e jovens foram convidados a pensar os Direitos Humanos e a construir, em papel, o seu autorretrato, com uma mensagem acerca do direito que consideram mais relevante.
“O conjunto, que aqui e agora pode ser visto, reflete um manifesto de centenas de crianças em defesa dos valores em que acreditam”, afirmou.
Foram ouvidos igualmente os ilustradores, que relataram os objetivos do projeto e a forma como foi conduzido e implementado em cada escola. Sublinharam o entusiasmo que cada criança colocou no ato de criação, bem como da profundidade expressa nas palavras que lhes traziam alegria. “É importante e urgente falar de amor, paz e diálogo. Temos de ouvir, ler com atenção tudo o que aqui ficou escrito e tentar ser o que as crianças esperam de nós”, disseram.
Na exposição “Direitos Humanos: Eu tenho um papel” puderam ser vistos 800 meninas e meninos de papel que exibem cartazes a lembrar a importância de garantir o direito à educação, à saúde, à liberdade, mas também tantos outros como o direito à alegria, ao amor, a criar, a inventar, a namorar, a ter um nome, ou simplesmente, a ter um amigo.
Na tarde da inauguração, passaram, pelo Centro Cultural Português de Díli, cerca de 200 visitantes, entre os quais o Embaixador da União Europeia em Timor-Leste, dirigentes do Ministério da Educação, Juventude e Desporto, e dezenas de professores, pais e alunos que, com manifesta emoção, admiraram a criatividade, bem como a profundidade das mensagens escritas pelas crianças.
O Alto-Comissário da ONU pra os Direitos Humanos Zeid-Raád Al Hussein, na sua mensagem para o 70.º aniversário da Declaração dos Direitos Humanos, afirma: “Você, eu, todas e todos, no nosso dia-a-dia, nas escolas, no trabalho, na nossa vida política e comunitária, todos nós podemos apoiar esta verdade fundamental.”
A Exposição “Direitos Humanos: Eu Tenho um papel” esteve patente no Camões - Centro Cultural Português em Díli até ao dia 3 de novembro.