Luanda: Lançamento da obra de Poesia “Segredos de Coração Dorido”, de Gina de Castro
Descrição
Será lançada no dia 20 de fevereiro de 2017, às 18h30, no Camões – Centro Cultural Português em Luanda, a obra de poesia “Segredos de Coração Dorido”, de Gina de Castro. A apresentação será feita pelo escritor e poeta Luís Rosa Lopes.
A obra reúne 50 poemas escritos pela autora, entre 1947 e 1994, sobre temas diversificados. A introdução refere que “a obra representa uma homenagem dos filhos, noras, netos e bisnetos a esta matriarca da Família, Mãe Gina, Avó Gina, a professora mais antiga em Angola, que no alto dos seus 87 anos de idade, continua sempre ativa a contribuir para o engrandecimento do saber dos angolanos”.
No prefácio, o escritor e também poeta, Luís Rosa Lopes, reconhece a impossibilidade de fazer uma análise imparcial e objetiva da obra: “ (…) Um prefácio nunca o será se o prefaciador estiver imbuído de sentimentos profundos em relação ao prefaciado”. “ (…) nutro pela autora sentimentos de profundez e respeito! E sinto a sua alma sofrida como se da minha própria se tratasse! Assim, estou condicionado e sou suspeito de não ter a isenção suficiente para afirmar se a obra é boa ou má, se é ou não agradável, se merece até ser editada (….)”.
Enaltece a coragem da autora, a coerência os princípios que nortearam sempre a sua conduta fraterna e solidária. Mulher de causas que esteve sempre à frente do seu tempo. Mulher irreverente, voluntariosa, corajosa e também uma mãe fortemente empenhada na educação dos seus filhos.
Recorda a vinda de Gina Castro para Angola, como professora e as adversidades e preconceitos que teve que enfrentar por se ter enamorado e casado com um angolano, que a introduziu nos meios culturais de Luanda, onde conviveu com Lourdes Van-Dúnen, Belita Palma e os N’gola Ritmos.
Gina de Castro (Georgina C. V Louro) nasceu na Póvoa e Medas, no Alto Alentejo, em Novembro de 1929. Fez os estudos primários em Portalegre.
Formou-se em Educação Física e Desportos, sendo uma das pioneiras nessa área da docência, na época reservada exclusivamente ao género masculino.
Veio para Angola em 1952, na companhia dos pais, tendo contraído matrimónio em 1953 com o angolano Aurélio Neves R. Lopes “Voto”.
Tem trabalhos de pintura e cerâmica.
Apesar de ter alguma produção escrita dispersa em revistas e ter um grande acervo de contos e poesia, esta é a sua primeira obra publicada.