Veneza: Representação Portuguesa na 16.ª Exposição Internacional de Arquitetura
Descrição
Em 2018, a 16.ª Exposição Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia 2018 irá decorrer entre 26 de maio e 25 de novembro de 2018, sob o tema “Freespace”, proposto pelas Comissárias-gerais Yvone Farrell e Shelley McNamara. No seu desafio às representações nacionais, aquelas comissárias apontam, como desejo, que os diferentes países “revelem a diversidade, a especificidade e a continuidade da arquitetura, tendo em conta as pessoas, o lugar, o tempo e a história, por forma a manter a cultura e relevância da arquitetura na dinâmica do nosso planeta”.
A designação de “Freespace” - que pode ser entendida como “espaço livre” ou “espaço de liberdade” - inclui naturalmente a dimensão do espaço público e coletivo, mas engloba também a sua “relação coreográfica” com o uso individual e privado da arquitetura e da cidade, numa perspetiva política, cultural e social.
À semelhança das últimas duas edições da Biennale di Venezia, Exposição Internacional de Arquitetura e Exposição Internacional de Arte, a Representação Oficial Portuguesa instalará o seu Pavilhão na Ilha da Giudecca, e, mais especificamente, no piso térreo da Villa Hériot, onde ainda se encontra patente a exposição Medida Incerta de José Pedro Croft que constitui o Pavilhão português em 2017.
A seleção do projeto curatorial e da respetiva produção será feita por um procedimento concursal, modelo inédito até à data em Portugal, enquadrado no regime de atribuição de apoios financeiros recentemente aprovado.
Os convidados deverão apresentar propostas conceptualmente enquadradas pelo tema proposto pelas Comissárias-gerais da 16.ª Exposição Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia. Neste sentido, as propostas a apresentar devem ter em conta a exposição de uma ou de mais práticas de arquitetura que encerrem essas dimensões e relações, sem deixar de ter em conta o espaço, o tempo e a história, quer dos lugares representados por essas práticas, quer do próprio lugar onde a exposição se insere: a Villa Hériot, o Campo di Marte, a Ilha da Giudecca, a Laguna, e a própria cidade de Veneza.
Essas relações foram estabelecidas nos projetos curatoriais apresentados por Portugal nas duas bienais precedentes – 15.ª Exposição Internacional de Arquitetura (2016) e 57.ª Exposição Internacional de Arte (2017) -, pelo que se considera pertinente que a representação portuguesa mantenha esse diálogo com o “locus” do seu Pavilhão, não significando, contudo, que a temática do projeto seja “site-specific”, mas apenas que possa estabelecer uma dialética conceptual com o lugar.
A Direção-Geral das Artes é responsável pela organização da representação portuguesa na Bienal de Veneza, nas duas manifestações, de Exposição Internacional de Arte e de Exposição Internacional de Arquitetura, que entre si alternam anualmente. O Camões, I.P. também apoia a participação nacional neste evento.
Mais informações: http://www.labiennale.org/it