O objetivo geral do curso é dotar os formandos de competências básicas que envolvem os mecanismos da cooperação para o desenvolvimento, incluindo a conceção de projetos e a estratégia da cooperação portuguesa para o desenvolvimento, procurando-se articular a componente prática com a teoria e com os desafios atuais.
Este curso é realizado em colaboração com a UNAVE – Associação para a Formação Profissional e Investigação da Universidade de Aveiro.
Na base desta ação formativa está a necessidade que se considera existir de um maior nível de conhecimento sobre a temática das relações de cooperação de Portugal com países terceiros, nomeadamente na bilateral sobretudo com os PALOP e Timor-Leste, e na multilateral com a União Europeia e as Instituições Financeiras Internacionais, entre as pessoas que por diversos motivos, uns mais altruístas outros mais materiais, se envolvem em atividades de ajuda a outros povos, seja em que país for. Tal conhecimento não pode crescer sem estar perspetivado no contexto da evolução do pensamento sobre o desenvolvimento e da história da cooperação internacional, sob pena de não se entender como evoluem as relações entre os parceiros ao longo do tempo e quais as perspetivas futuras.
Esta formação pretende ser uma introdução, centrada na cooperação portuguesa, com algum aprofundamento temático, mas não pretende substituir formações em áreas mais especializadas como são exemplo a gestão de programas e projetos, a cooperação em áreas setoriais da saúde, educação, ambiente, governação ou outras.
Mas sobretudo temos bem presente que esta e outras formações nunca são substitutos da prática de ações de cooperação feitas em países parceiros com empenho, reflexão e consciência das razões, valores e processos de cada um individualmente.
Objetivos
O objetivo geral do curso é dotar os formandos de competências básicas que envolvem os mecanismos da cooperação para o desenvolvimento, incluindo a conceção de projetos e a estratégia da cooperação portuguesa para o desenvolvimento.
No final do curso os formandos terão adquirido compreensão e construído conhecimento acerca: das ferramentas básicas da cooperação para o desenvolvimento; das competências básicas para implementar um projeto de cooperação para o desenvolvimento; das principais estratégias e abordagens da cooperação portuguesa para o desenvolvimento.
Nesta ação espera-se, ainda, que os formandos desenvolvam capacidade de pesquisa e tratamento de informação quantitativa existente nas bases de dados internacionais e nacionais relevantes.
Organização e metodologia
Esta ação incidirá sobre as seguintes temáticas;
Tema 1
- Definições e conceitos básicos de Cooperação e Desenvolvimento
Tema 2
- História breve da cooperação
- Tipologia da Cooperação: bilateral, multilateral, pública e privada, descentralizada, técnica, financeira, civil-militar, etc., condicionalidade.
Tema 3
- As motivações, a ética e os valores individuais e coletivos
Sessão 1: Sessão de debate - A Cooperação em contexto de Pandemia
Tema 4
- Os paradigmas da cooperação
- Os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Tema 5
- Os modelos estatais organizativos na OCDE e os países recetores
Tema 6
- O sistema geral de Cooperação – uma nova metodologia de leitura de síntese
Tema 7
- A construção de indicadores no Desenvolvimento e na Cooperação
Tema 8
- A Cooperação multilateral na União Europeia
- A evolução dos Acordos ACP e as Cimeiras África-União Europeia
Tema 9
- A Cooperação Multilateral no Banco Mundial, Bancos Regionais e agências da ONU
Tema 10
- A Cooperação Bilateral Norte- Sul e Sul-Sul.
- As estratégias da Cooperação bilateral de países europeus
Sessão 2: Sessão de debate - Desigualdades e Cooperação
Tema 11
- A evolução da Cooperação portuguesa
Tema 12
- Organizações não-governamentais (ONG): o que são e sua história na Cooperação
Tema 13
- A atuação das ONG na Cooperação
Tema 14
- Respostas das ONGD às críticas e aos desafios
Tema 15
- As grandes ONG Internacionais.
Tema 16
- O financiamento internacional, público e privado
Tema 17
- O financiamento em Portugal
Sessão 3: Sessão de debate - Sociedade Civil, Inovação e Desenvolvimento
Tema 18
- A história e os modelos da avaliação
Tema 19
- Os exemplos de avaliação de projetos
Tema 20
- Introdução à gestão de projetos
Tema 21
- Conceitos e práticas de parceria
Tema 22
- A Cooperação delegada definições críticas e exemplos
Tema 23
- Os cenários futuros da Cooperação Internacional Portuguesa em contexto de pós-pandemia
A metodologia dos cursos seguirá o conceito de E-Learning, o qual consiste num sistema de formação onde a totalidade dos materiais didáticos e aulas são transmitidos à distância disponibilizados por via de uma plataforma informática (neste caso na plataforma Moodle).
Eventualmente, poderá ser complementado com algumas conferências ou seminários que requerem a presença física dos formandos que residam no país, os quais serão gravados e disponibilizados offline como materiais dos cursos.
Uma das vantagens comparativas destes cursos é poderem ser seguidos por formandos interessados numa grande flexibilidade de horários, seja residentes em Portugal seja em países com fusos horários diferentes. A forma de comunicação entre todos os participantes é assíncrona não sendo imperativo que formandos e formadores estejam online ao mesmo tempo. Ou seja, os formandos podem trabalhar à hora que lhes for mais conveniente estando as modalidades de avaliação adaptadas a essa exigência.
O curso disponibiliza os seguintes materiais online:
- ficha de disciplina com plano curricular, metodologia de avaliação, bibliografia base e outras indicações;
- pelo menos uma aula/palestra de apresentação, sendo as restantes com os temas da disciplina lecionados com os restantes materiais;
- apresentações em Power Point, vídeos ou pequenos filmes;
- textos de apoio para leitura e/ou consulta, incluindo endereços eletrónicos onde os mesmos podem ser encontrados fora da plataforma.
Duração
Carga horária semanal: 4-6 horas
Propina
300 €.
Avaliação
Os formandos poderão escolher estar em dois regimes de avaliação:
Alunos em Regime Avaliação Contínua: um trabalho escrito ao longo do ano com acompanhamento dos docentes a valer 60 % da nota final. E uma prova individual e de duração limitada feitas com consulta plena a valer 40%. Em alternativa os alunos podem fazer as avaliações de pelo menos 90% dos temas que são disponibilizadas pelos docentes quando são lecionados. Nesta ultima sub modalidade não necessitam de fazer mais nenhuma prova sendo a nota final a média aritmética das avaliações executadas ponderada pelo número de avaliações solicitadas.
Alunos em Regime Avaliação Discreta: três provas individuais sendo duas provas escritas a valer 50 % da nota final e de duração limitada feitas online, com consulta plena, e outra constituída pela redação de um artigo escrito para ser colocado online se tiver qualidade suficiente. O artigo a ser colocado online pode ser elaborado com o regulamento do Projeto Dicionário da Cooperação Portuguesa do CESA, disponível em: http://pascal.iseg.utl.pt/~cesa/index.php/dicionario-da-cooperacao - ou para uma revista internacional ou nacional a propor pelo docente ou pelo formando.
Alunos em Regime Avaliação Final: prova escrita a valer 100% da nota final e de duração limitada, a realizar on line no final do curso.
A classificação qualitativa e quantitativa, seguirá a seguinte escala de classificações de 0 a 20 valores:
- EXCELENTE: de 18 a 20 valores
- MUITO BOM: de 16 a 17 valores
- BOM: de 14 a 15 valores
- SUFICIENTE: de 10 a 13 valores
- INSUFICIENTE: de 0 a 9 valores
Certificação
A acreditação do curso com 6 ECTS e a certificação final dos formandos são da responsabilidade da UNAVE / UINFO - Unidade Integrada de Formação Continuada da Universidade de Aveiro.