A educação e a formação constituem componentes fundamentais do desenvolvimento do capital humano de um país, contribuindo para o incremento de uma sociedade mais igualitária, mais inclusiva, mais competitiva e melhor capacitada para responder aos desafios que se colocam num contexto de globalização, pelo que a valorização dos recursos humanos desempenha um papel preponderante no desenvolvimento económico e social dos países. Ciente desta importância, Portugal tem vindo a desenvolver um Programa de Bolsas de Estudo (externas e internas), no âmbito da Cooperação para o Desenvolvimento desde 31 de dezembro de 1974.
Deste modo, a concessão de bolsas de estudo da Cooperação Portuguesa, tem-se assumido, desde o início, como um importante instrumento estratégico da Política Externa Portuguesa, mas também como um importante instrumento ao nível da Ajuda Pública ao Desenvolvimento por parte de Portugal, contribuindo para a valorização dos recursos humanos e das instituições daqueles países, promovendo simultaneamente valores como a equidade, igualdade de oportunidades e a valorização do mérito.
Este Programa de Bolsas, que nos primeiros anos era dirigido apenas para os PALOP, foi sendo alargado a outros países, como Timor-Leste, e a partir de 2019 ao Senegal e Colômbia.
5 perguntas a…
O que o levou a escolher o doutoramento em Ciências da Educação?
A minha escolha tem a ver com as minhas formações anteriores, nomeadamente: a licenciatura em Ciências da Educação, pelo Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla em Angola, o mestrado em Ciências da Educação, pela Universidade de Guantánamo, em Cuba, o exercício de funções como Docente colaborador da Faculdade de Ciências Sociais e Humanidades da Universidade do Namibe e ter sido professor efetivo no Ministério da Educação na Província do Namibe respetivamente.
Como descobriu os apoios do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, I.P.?
Descobri os apoios do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., através do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas Externas (INAGBE), de Angola, bem como pela representação do Camões, I.P. em Luanda.
Porque motivo escolheu tirar o doutoramento em Portugal?
A escolha de fazer o doutoramento em Portugal consiste na qualidade de ensino das universidades portuguesa e na proximidade histórica que une Angola e Portugal, sobretudo a facilidade na comunicação, afinidade cultural e a facilidade da mobilidade entre os dois países.
Quais são as maiores aprendizagens que leva consigo desta experiência?
Foi uma experiência fantástica: a forma como os assuntos da Educação em sentido geral são discutidos nas universidades, o envolvimento das instituições escolares no debate dentro da universidade em busca da qualidade de ensino e o modelo de organização de congressos nacionais e internacionais. Todas estas experiências constituíram uma aprendizagem única.
Com que objetivos profissionais regressa a Angola?
Regresso a Angola com o objetivo de contribuir com o conhecimento adquirido na área da educação para a melhoria da qualidade de ensino.
Veja aqui o vídeo do testemunho de Alberto Tchissonde, Bolseiro da Cooperação Portuguesa.