A 8.ª “Semana de Cine Português”, produzida e programada pela Associação Cultural VAIVEM, decorrerá de 10 a 14 de março de 2021, maioritariamente, na sala virtual do Museo de Arte Latino-americano de Buenos Aires (MALBA) com o apoio do Camões, I.P., da Embaixada de Portugal na Argentina, da Fundação Calouste Gulbenkian e do Museo de Arte Latino-americano de Buenos Aires (MALBA).
A abertura será presencial, no dia 10 de março de 2021, às 18h30 (hora em Buenos Aires), no pátio interno ao ar livre (“Terraza”) do Centro Cultural Recoleta (CCR), com a exibição de Technoboss, de João Nicolau. A entrada é gratuita, sendo necessário um registo prévio (centroculturalrecoleta.org), para serem respeitados os protocolos COVID para a correta circulação de pessoas e a segurança de todos.
A programação (malba.org.ar) organiza-se mais uma vez em torno de um eixo central que pretende fazer uma grande panorâmica do cinema português mais recente. A secção “Panorama” pretende dar conta da variedade tão eclética como heterogénea do cinema português contemporâneo, exibindo filmes como o já referido Technoboss, de João Nicolau; Diamantino, de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt; Sacavém, de Júlio Alves; Danças Macabras, esqueletos e outras fantasias, de Rita Azevedo Gomes; e os três últimos filmes de Teresa Villaverde, a longa-metragem O Termómetro de Galileo e as curtas Six Portraits of Pain e Oú en êtes-vous, Teresa Villaverde?
Porque estamos no último ano consagrado às Comemorações dos 500 anos da Viagem de Circum-Navegação de Fernão Magalhães e Juan Sebastián Elcano, em paralelo surgem três outras secções: o foco “Hay más mareas que marineros / Há mais marés que marinheiros”, desta vez com curadoria do diretor do Festival internacional IndieLisboa, Miguel Valverde, centrada em filmes marítimos (Wakasa, José Manuel Fernandes; Balaou, Gonçalo Tocha; Além das Montanhas, Aya Koretzky; Miragem meus Putos, Diogo Baldaia; O Homem de Trás-os-Montes, Miguel Moraes Cabral); o foco “Traversías / Travessias” centrado desta vez num conjunto de dez curtas (o género cinematográfico que mais naturalmente se liga à indagação de novos territórios, que também podem ser subterrâneos e/ou simbólicos), da produtora Terratreme; o foco sobre o Pós-colonialismo, centrado em três filmes que lançam luz sobre as cicatrizes que a experiência colonial deixou nas identidades nacionais e que ainda marcam nos dias de hoje a relação entre as pessoas (Sonhámos um País, de Camilo de Sousa e Isabel Noronha; Guerra, de José Oliveira e Marta Ramos; e O Fim do Mundo, de Basil da Cunha).
As atividades especiais não só complementam como também expandem a programação deste ano. A partir do dia 10 de março de 2021 vai surgir uma videoteca criada online a que se chamou “Sala VAIVEM” (https://www.vaivem.com.ar/videoteca/), um arquivo que vai perdurar no tempo e tornar acessíveis as várias conversas previamente gravadas entre os diferentes realizadores representados e convidados portugueses e argentinos (Conversa sobre Pós-colonialismo, moderada por João Ribeirete, com Marta Ramos, José Oliveira, Basil da Cunha e Camilo de Sousa; Conversa entre Teresa Villaverde, Lautaro García Candela e Ramiro Sonzini para a prestigiada revista «La Vida Útil»; Conversa entre João Nicolau e Lautaro García Candela; Conversa “Traversías más alá del Mar” com os 11 realizadores das 10 curtas exibidas no foco “Traversías/Travessias”: Ico Costa, João Manso, Pedro Peralta, Miguel Seabra Lopes, Karen Akerman, Susana Nobre, João Salaviza, André Godinho, Daniel Veloso, Joana Pimenta e Leonor Noivo; Seminário Rita Azevedo Gomes, para alunos do Programa de Estudos de Cinema da Universidade Torcuato di Tella).