China: Estudar português a distância

Publicado em segunda-feira, 09 julho 2012 11:25

O Instituto Camões e a editora LeYa estão a desenvolver metodologias de ensino do português a distância, uma nova ferramenta também a ser usada nas escolas de Macau e no continente chinês, disse à agência Lusa a presidente do instituto.

Ana Paula Laborinho, que está em Macau integrada na comitiva do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, referiu que a sua presença tem como objetivo "sublinhar como o português é cada vez mais uma grande língua internacional e como há um interesse cada vez maior pela aprendizagem do português", não só em Macau como também na China.

"Já tivemos algumas reuniões que nos permitiram observar como, mesmo as escolas privadas, as escolas do sistema de ensino de Macau, começam a manifestar cada vez mais o interesse pela aprendizagem do português", disse, para explicar a parceria com a LeYa.

Ana Paula Laborinho destacou a "grande experiência" da LeYa na área educacional e o desafio lançado pelo Instituto Camões e que foi aceite de "criar novas metodologias que passam sobretudo pelo ensino a distância ou então por um ensino que pode ser presencial, mas também a distância, e sobretudo o desenvolvimento de novos materiais que permitam uma aprendizagem mais atrativa".

A presidente do Camões acrescentou que durante muitos anos o público-alvo eram jovens, mas adultos, e que atualmente o desafio é maior porque há necessidade de "desenvolver materiais para um outro tipo público mais jovem", desde a pré-primária, até aos públicos adolescentes.

"Esse ensino implica também uma metodologia própria e é por isso mesmo que nós precisamos de ter parcerias, e esta é uma delas, que nos permitam também responder a esse público e a essas necessidades", salientou, ao recordar que a parceria com esta editora portuguesa teve início em 2011.

Ana Paula Laborinho destacou ainda o lançamento da certificação de aprendizagem "que terá a chancela" dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Educação, como uma das necessidades sentidas ao longo do tempo e que implicou a preparação de programas, planos de estudo e passa pela sensibilização das instituições no sentido de seguirem os parâmetros definidos.

JCS.

Lusa