Três longas-metragens do realizador português Rui Simões integram a programação da 1ª edição do FRONTEIRA - Festival Internacional do Filme Documentário e Experimental, que decorre de 30 de agosto a 7 de setembro de 2014 na cidade brasileira de Goiânia, capital do Estado de Goiás, a 209 quilómetros de Brasília.
Deus, Pátria, Autoridade (1975), O Bom Povo Português (1980) e Guerra ou Paz (2012) integram a mostra ‘Cineastas na fronteira’, no quadro de um festival que se propõe criar «um movimento de reflexão acerca de uma produção cinematográfica marginal, que resiste intensamente aos processos condicionantes».
Rui Simões, que estará presente exibindo o seu mais recente trabalho e que conversará com o público sobre os seus filmes e o seu trabalho é, segundo a organização, «um cineasta que se caracteriza pela prática do documentário histórico, visto como cinema militante, de intervenção política (…). É um diretor [realizador] reconhecido e admirado mundialmente, inclusive aqui no Brasil».
O «olhar atento» ao documentário e ao experimental, «como lugares de subversão artística no cinema» é a base da construção da programação do festival que, na mostra especial em que Rui Simões está integrado, privilegia obras de «recorte autoral» de «realizadores ao redor do mundo que se dedicam a pensar o cinema como ferramenta de embate estético, social e político». Nesta mostra especial do festival, serão ainda exibidos filmes do cineasta filipino Khavn de la Cruz, do franco-marroquino Marc Hurtado e do brasileiro Marcelo Pedroso.
O FRONTEIRA, que tem o apoio do Camões, I.P., e da Embaixada de Portugal, apresenta na sua programação principal uma mostra competitiva internacional de curtas e longas-metragens, exibindo «filmes independentes, de rara circulação, quase todos inéditos no Brasil, que desafiam os limites da indústria e da própria linguagem cinematográfica, apontando para os diversos rumos que o cinema tem tomado nos tempos atuais».