Celebra-se a 19 de agosto, o Dia Mundial da Ajuda Humanitária, instituído pela Assembleia-Geral das Nações Unidas em 2009. A data homenageia trabalhadores da saúde e da ajuda humanitária que continuam, apesar das adversidades, a fornecer suporte vital e proteção às populações que necessitam de assistência.
Nunca houve uma convergência de crises tão complexas, e de grande dimensão, como atualmente se vive. O mundo enfrenta diversos conflitos, uma crise climática, outra alimentar, uma pandemia global e populações. Esta pressão impacta sobretudo as pessoas mais vulneráveis, que são as que acabam por ser as mais afetadas.
É neste contexto que a cada hora e em cada dia, o trabalho humanitário, muitas vezes invisível, faz a diferença e permite salvar vidas humanas.
Portugal tem contribuído para o esforço global comum de resposta às crises humanitárias, respondendo aos apelos lançados pelo Sistema das Nações Unidas, incluindo a contribuição anual que realiza para o Fundo Central de Resposta de Emergência das Nações Unidas (CERF). Por outro lado, a criação do Instrumento de Resposta Rápida (IRR) tem procurado corresponder às necessidades humanitárias que vão surgindo nos principais parceiros da Cooperação Portuguesa, como em Moçambique onde a passagem do ciclone Gombe deixou um rasto de destruição ou, mais recentemente, participando na resposta às necessidades humanitárias decorrentes do conflito na Ucrânia.
O dia 19 de agosto é o dia de lembrar todo o pessoal humanitário e de saúde, e sobretudo reconhecer o seu complexo, difícil, mas indispensável trabalho junto das pessoas que, em todo o mundo, vivem de perto situações de crise.
A campanha de 2022 #ItTakesAVillage ("É preciso uma aldeia") relembra precisamente a diversidade e empenho de todas as mulheres e homens que diariamente trabalham, muitas vezes como voluntários, para ajudar milhões de pessoas que são afetados por crises humanitárias. Numa alogia ao ditado que nos lembra que é preciso uma aldeia para criar uma criança, também para implementar uma resposta humanitária é necessário um esforço coletivo e articulado de vários indivíduos e organizações que é necessário reconhecer.