Celebra-se a 19 de agosto, o Dia Mundial da Ajuda Humanitária, instituído pela Assembleia-Geral das Nações Unidas em 2003. A data homenageia trabalhadores da saúde e da ajuda humanitária que continuam, apesar das adversidades, a fornecer suporte vital e proteção às populações que necessitam de assistência.
Atualmente, 20 anos depois, o trabalho desenvolvido pelos atores humanitários cresceu em escala e complexidade. O seu objetivo atual é ajudar quase 250 milhões de pessoas - 10 vezes mais pessoas do que em 2003.
À medida que os esforços dos humanitários aumentaram, também aumentaram os desafios enfrentados. Desde as crescentes tensões geopolíticas e o flagrante desrespeito pelo direito humanitário internacional, aos ataques deliberados e às campanhas de desinformação, o seu trabalho é mais difícil e perigoso do que nunca. Os valores e princípios que os guiam estão sob constante ameaça.
Portugal tem contribuído para o esforço global comum de resposta às crises humanitárias, respondendo aos apelos lançados pelo Sistema das Nações Unidas, incluindo a contribuição anual que realiza para o Fundo Central de Resposta de Emergência das Nações Unidas (CERF). Tem sido também regularmente ativado o Instrumento de Resposta Rápida (IRR) que procura corresponder às necessidades humanitárias que vão surgindo nos principais parceiros da Cooperação Portuguesa. Em 2023, este Instrumento foi ativado para responder à situação humanitária decorrente do Ciclone Freddy em Moçambique, incluindo o surto de cólera e os efeitos das anteriores inundações.
Destacam-se ainda as contribuições financeiras nacionais para os planos de resposta à crise humanitária na Síria – na sequência do sismo de 6 de fevereiro de 2023 – e para o Corno de África, através do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA). Portugal tem participado também na resposta às necessidades humanitárias decorrentes do conflito na Ucrânia, recorrendo a vários instrumentos incluindo bilaterais e multilaterais.
Para a celebração do Dia Mundial da Ajuda Humanitária de 2023, Portugal associa-se à campanha das Nações Unidas que evidencia a primazia dos princípios de humanidade, imparcialidade, neutralidade e independência, demonstrando que os humanitários estão lado a lado com as comunidades que servem, não importa quem, não importa onde e #NoMatterWhat.