A importância de afetar mais recursos para a educação e saúde das jovens mulheres é sublinhada pela Organização das Nações Unidas (ONU) a propósito do Dia Mundial da População, 11 de julho, que este ano coloca em destaque a gravidez na adolescência, um “tópico sensível que exige atenção global”.
“Entre as cerca de 16 milhões de adolescentes que dão à luz todos os anos, há demasiadas que nunca tiveram a oportunidade de planear a sua gravidez”, lê-se na mensagem assinada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Sublinhando que “as complicações da gravidez e do parto podem causar graves deficiências” e são “a principal causa de morte para essas jovens vulneráveis”, aquele responsável chama também a atenção para os “altos níveis de doenças, lesões e morte” que as adolescentes enfrentam “devido à prática de aborto inseguro”.
Nas palavras de Ban-Ki-moon, “temos de garantir os serviços de saúde materna que as mulheres precisam”. Será também necessário “colocar mais meninas na escola primária e fazer com que recebam uma boa educação”, pois “quando uma jovem é educada, ela terá tendência a casar mais tarde, a atrasar a gravidez até se sentir pronta, a ter filhos saudáveis, e a ter um rendimento mais elevado”.
Na mesma mensagem, preconiza-se o acesso a uma educação sobre sexualidade, “especialmente importante” para as jovens mulheres decidirem se e quando querem ser mães.
“Além disso, devemos prestar serviços de saúde sexual e reprodutiva abrangentes, que incluam o planeamento familiar e a prevenção e tratamento de infeções sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV.
“Quando dedicarmos atenção e recursos para a educação, saúde e bem-estar das adolescentes, elas tornar-se-ão uma força ainda maior para operar uma mudança positiva na sociedade, que terá um impacto para as gerações vindouras, defende o secretário-geral da ONU, afirmando-se “crente” no “poder das mulheres jovens para transformar o nosso mundo”.
Mais informações: http://www.un.org/en/events/populationday/