A escritora Teolinda Gersão conquistou no dia 21 de dezembro de 2016 o Prémio Literário Vergílio Ferreira 2017, atribuído anualmente pela Universidade de Évora (UÉ). Este prémio conta com o apoio do Camões, I.P.
A vencedora da 21.ª edição do galardão foi escolhida, durante uma reunião do júri do prémio, presidido por António Sáez Delgado e que, este ano, integrou Pedro Ferré, Mário Avelar, Gustavo Rubim e Elisa Esteves.
Instituído pela Universidade de Évora em 1997, o Prémio Vergílio Ferreira destina-se a galardoar, anualmente, o conjunto da obra literária de um autor de língua portuguesa relevante no âmbito da narrativa e/ou ensaio.
O júri decidiu atribuir o prémio a Teolinda Gersão pela "alta qualidade da arte narrativa expressa nos vários géneros de ficção clássica, em particular o romance e o conto".
O seu percurso, segundo o júri, "adquire especial relevo pela independência da escritora relativamente a todas as modas ou tendências que, de alguma forma, condicionam os caminhos da literatura contemporânea".
A cerimónia de entrega do Prémio Literário realiza-se no dia de 01 março de 2017, na Universidade de Évora, data em que se assinala a morte do escritor Vergílio Ferreira.
Natural de Coimbra, Teolinda Gersão, de 76 anos, estudou germanística, romanística e anglística nas universidades de Coimbra, Tubingen e Berlim.
A escritora foi Leitora de Português na Universidade Técnica de Berlim, assistente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa, onde lecionou Literatura Alemã e Literatura Comparada.
Segundo a UÉ, esta edição do prémio foi a que teve mais candidaturas desde que foi criado, tendo sido apresentadas por instituições de Portugal, Espanha, Itália, EUA e Colômbia.
O prémio foi atribuído pela primeira vez a Maria Velho da Costa, a que se seguiram, entre outros, Mia Couto, Almeida Faria, Eduardo Lourenço, Agustina Bessa Luís, Vasco Graça Moura, Mário Cláudio, Luísa Dacosta, José Gil, Hélia Correia e Lídia Jorge, tendo sido o galardoado da edição de 2016 o escritor João de Melo.
Com Lusa
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