Será inaugurada no dia 27 de setembro de 2016, às 18h30, no Camões " Centro Cultural Português em Luanda, a exposição de fotografia "Out of Box" de Bruno Fonseca sobre a vida própria dos contentores marítimos.
O artista apresentará um trabalho documental realizado ao longo dos últimos 4 anos, em 11 países de três continentes diferentes. De Angola à Escandinávia, passando pela Europa Central e América do Sul, uma viagem de descoberta da diversidade da função do contentor, que ao longo do tempo tem registado grandes metamorfoses, ajustando a sua função a múltiplas necessidades humanas, de acordo com a cultura de cada lugar.
O conceito de contentor, como meio de transporte de mercadorias no alto mar, foi evoluindo, ao longo do tempo sucedendo-lhe em catadupa, outras realidades. Nas palavras do artista, "um contentor é também, uma mercearia, um barbeiro, um escritório, um armazém, um bar"uma janela aberta. Os contentores libertaram-se da sua utilidade inicial e adquiriram vida própria, ajustando-se a ganhando dimensão como objetos multifuncionais".
O trabalho "Out of Box" é uma visão intimista e documental de Bruno Fonseca sobre os contentores marítimos e as múltiplas reutilizações de que é objeto. Com 21 trabalhos em fotografia, tantos quantos os anos que vive em Angola, o artista desperta o espectador para uma realidade próxima e tão presente no quotidiano. A ferramenta para a produção das imagens foi uma câmara de Médio Formato, 6X6, Mamyia, modelo 6MF, e foram utilizados filmes Kodak Ektar 100 e Fujichrome Velvia 50 e 100.
Bruno Fonseca nasceu em 1972 em Portugal, onde concluiu o Curso Profissional de Fotografia no Instituto Português de Fotografia (IPF). Depois disso começou a trabalhar como freelancer.
A viver em Angola desde 1995, colaborou com a Agência de Noticias Portuguesa (Lusa), sendo representado pela Agência 4SEE desde 2012.
Viajante apaixonado, as suas fotos capturam o novo, a surpresa e respondem aos sentidos: Olhar, pela primeira vez, sentir, pela primeira vez, apaixonar-se pela primeira vez. O seu trabalho na fotografia documental, tem incidido sobretudo nos aspetos sociais e culturais de comunidades em Portugal e Angola.
Esteve presente em exposições coletivas e individuais em Portugal, Eslováquia, Angola e Austrália e o seu trabalho vem sendo publicado regularmente nos principais jornais/revistas portugueses e em vários meios de comunicação internacionais.
Recentemente, participou numa Residência Artística da Fundação Bienal de Cerveira, onde desenvolveu um trabalho documental de memória sobre o Salto: Fenómeno de emigração clandestina para França na década de 70, que foi selecionado para a XVIII Bienal de Cerveira de 2015.