Cerca de meia centena de trabalhos realizados nos últimos 31 anos integram a exposição “Eduardo Souto de Moura – Concursos 1979 – 2010”, que inaugura a 6 de fevereiro de 2014 no Museu Schusev de Arquitetura de Moscovo, Rússia, onde pode ser visitada até ao próximo dia 9 de março.
Comissariada pelo arquiteto André Campos, esta mostra inclui maquetas, esquissos, desenhos e fotomontagens. A maioria dos projetos apresentados desenvolve-se na esfera dos equipamentos urbanos, com programas de cultura, saúde, desporto e culto religioso.
Existe também um significativo conjunto de propostas de intervenção arquitetónica, urbana e territorial na área da mobilidade e dos transportes (ferrovia, metropolitano e aeroporto). Já em matéria de habitação apresentam-se quatro projetos, dois deles de hotelaria.
Esta exposição permite ao visitante analisar experiências de projeto e de ofício muito diversificadas. Contudo, no percurso sobressai um fio condutor, que resulta da integração de soluções conquistadas através de novas avaliações dos elementos canónicos da arquitetura (janelas, portas, coberturas, etc).
Na mostra dedicada a Souto de Moura destacam-se também novos desempenhos para materiais tradicionais e novas pesquisas arquitetónicas no desenho de volumes irregulares, fraturados e curvos.
Souto de Moura é um dos arquitetos portugueses de maior reconhecimento internacional. A Casa das Histórias de Paula Rego, o Estádio Municipal de Braga e o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, são edifícios que fazem parte de uma longa lista de obras suas de referência, em Portugal e no estrangeiro.
Nasceu em 1952, formou-se na Escola Superior de Belas Artes do Porto, e ao longo da sua carreira tem sido distinguido com alguns dos mais importantes prémios de Arquitetura, como é o caso do Prémio Secil, que recebeu em 2004 e de novo em 2011, ano em foi também consagrado com o prestigiante Prémio Pritzker.