Uma embalagem antiga de filme Polaroid inspirou o artista plástico português Fernando Durão a criar a exposição “A Mágica da Mobilidade”, inserida nas comemorações do Ano de Portugal no Brasil, patente em São Paulo, de 5 a 15 de junho, de segunda a sábado, das 12h00 às 16h00.
Patente ao público no Consulado Geral de Portugal em São Paulo (Rua Canadá, 324, Jardim América), de entrada gratuita, o evento tem o apoio do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e o patrocínio do Banco Millenium BCP.
A ideia para esta mostra surgiu do olhar de Fernando Durão para a produção de outros artistas e para a necessidade e a dificuldade em se transportar obras de arte. “Foi na mobilidade que encontrei a contemporaneidade para criar essa mostra”, conta.
Para a sua realização, foram convidados mais de 150 artistas plásticos, entre os mais renomados do Brasil e alguns de Portugal, que aceitaram o desafio de criar obras em pequeno formato de 7,5 cm X 10 cm, cujo suporte oferecido foi uma embalagem de filme utilizado no passado por câmeras Polaroid.
“O resultado destas obras apresenta também novos conceitos sobre a compreensão de técnicas, do suporte trabalhado adequado a dimensões e aspectos nunca antes revelados pelos próprios artistas”, explica Fernando Durão. Desta forma, será possível verificar durante a mostra todo o tipo de arte como pinturas, desenhos, aquarelas, gravuras, colagens, digigrafias, fotografias entre outras.
Para a mobilidade da exposição, que segue depois para Brasília, as obras são acomodadas numa mala de viagem com dupla função: guardar e facilitar o transporte. Essa mala também será exibida como parte do conceito da mostra.
Nascido em Portugal em maio 1952, Fernando Durão demonstrou desde cedo vocação para as artes plásticas e visuais, dedicando-se à pintura, ilustração, criação de capas de livros, desenho de estamparia. Neste período já frequentava a Escola de Belas-Artes Soares dos Reis que se diferenciava do ensino padrão pelo enfoque nas artes visuais.
Em 1969, devido à guerra colonial em Angola e à ditadura no continente português, a sua família mudou-se para o Brasil, Rio de Janeiro, onde foi possível dar continuidade à sua vocação, frequentando ateliês de jovens artistas, participando em exposições de pintura e fazendo desenho de cartazes.
No ano seguinte, transferiu-se para São Paulo onde a sua carreira como artista visual cresceu rapidamente com exposições em importantes locais como: MASP, Bienal Nacional de São Paulo, MACC- Campinas, Museu de Arte Brasileira, Memorial da América Latina, etc., e vem realizando mostras individuais em renomadas galerias e museus no Brasil e exterior (Portugal, Alemanha, Argentina, Itália e outros).
Desde 1977, Durão dirige galerias de arte, espaços culturais, realiza inúmeros projetos como curador e artista e escreve sobre artes visuais (plásticas e fotográficas) em jornais, revistas e catálogos de exposições. Participa também de inúmeros salões de artes plásticas e fotográficas, como membro do júri em diversas cidades do Estado de São Paulo. A partir de 1999, passou a receber convites para participar em comissões de arte da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e do Museu Brasileiro da Escultura-MUBE.
Foi presidente da APAP-SP - Associação Profissional de Artistas Plásticas - de 2003 a 2013, e atualmente escreve sobre fotografia na Revista Consulte - Arte, Decoração e Arquitetura. Frequentemente, Fernando Durão realiza viagens ao estrangeiro para divulgação da sua obra em exposições, intercâmbio cultural com artistas e atualização dos movimentos culturais no cenário internacional na Europa e América Latina.