Jorge Amado e José Saramago – «duas figuras imprescindíveis da literatura lusófona» - são, no aniversário do seu nascimento, o tema das Jornadas Culturais que hoje e amanhã decorrem na Escola Oficial d'Idiomes de Barcelona-Drassanes, organizadas pelo respetivo departamento de português com a colaboração Centro de Língua Portuguesa/Camões IP da capital catalã.
O primeiro dia é dedicado a Jorge Amado, com uma conferência de Gustavo Jaime, intitulada O Brasil mestiço na letra e na tela, em que é abordada a adaptação de várias obras do escritor baiano ao teatro, cinema e televisão e a utilização de uma linguagem popular e acessível nos seus livros. Será exibido o filme Tieta do Agreste, com base no romance homónimo de Jorge Amado.
A exibição do documentário José e Pilar abre quinta-feira o dia dedicado a José Saramago, exibição essa que é seguida por uma conferência a cargo de Ignacio Vázquez, com o título José Saramago: o criador polémico.
Nela, o conferencista evoca Saramago como um autor que «não deixa ninguém indiferente. É, talvez, a personagem das letras portuguesas mais polifacética do século XX. (…) Criava polémica com cada obra, como ele próprio afirmou: ‘Não escrevo para agradar nem para desagradar, escrevo para desassossegar’. Eis o seu legado.»