Na próxima quinta-feira, 22 de Novembro de 2012, o investigador e editor Marcelo Teixeira falará do seu novo livro História(s) do Estado Novo, na Universidade Nacional Autónoma do México, no âmbito das atividades desenvolvidas pela Cátedra Extraordinária José Saramago.
Fruto do seu trabalho de investigação, este livro recopila histórias, discursos e factos da ditadura que dominou grande parte do século XX português, apresentando-nos uma viagem pelas frases e expressões daquele período, a sua relação com os acontecimentos e os contextos que as motivaram. A partir de frases que fazem parte da memória individual e coletiva do português (como «Obviamente, demito-o», «Para Angola, rapidamente e em força», «Beber vinho é dar de comer a um milhão de portugueses») e da problematização de temas como a «neutralidade» portuguesa na Segunda Guerra ou a adesão ao «Plano Marshall», o assalto ao Banco de Portugal, a Primavera marcelista ou a Guerra Colonial, o autor oferece, com este livro, um importante contributo para (re)pensar um período único da História Contemporânea de Portugal.
História(s) do Estado Novo − “um livro inteligente, rigoroso e original”, nas palavras de Fernando Dacosta − foi lançado na FNAC, em Portugal, no passado dia 15 de Novembro de 2012, com apresentação de Miguel Sousa Tavares.
Biografia do autor
Marcelo Teixeira nasceu em Trás-os-Montes, norte de Portugal, em 1964. É licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde também estudou Arqueologia.
Criou e apresentou durante dois anos o programa de rádio «A Margens do Silêncio», dedicado à promoção da poesia e divulgação de novos poetas, escreveu sobre literatura latino-americana em jornais e revistas, em Portugal e no estrangeiro, com destaque para a coluna «Debaixo do Vulcão» na revista Magazine Artes, que assinou durante vários anos.
É autor de vários livros de poesia, narrativa e História. O seu mais recente livro, História(s) do Estado Novo, é uma viagem pela ditadura que governou Portugal durante cerca de meio século. É também investigador ferroviário, tendo nessa qualidade fundado e dirigido várias publicações sobre a temática dos caminhos-de-ferro.
É editor. Durante uma década foi diretor editorial da Oficina do Livro, sendo o responsável pela publicação em Portugal de autores mexicanos como José Emilio Pacheco, Eduardo Antonio Parra, David Toscana, Guillermo Fadanelli, Xavier Velasco, Alejandro Reyes ou Guillermo Arriaga. Atualmente é responsável pelas Edições Parsifal.
Mantém também desde sempre uma intensa atividade associativa e integra a Direção da Associação de Amigos do Museu Nacional Ferroviário.