Urbano Tavares Rodrigues, um dos mais prestigiados escritores da segunda metade do século XX em Portugal, morreu esta sexta-feira, 9 de agosto de 2013, no Hospital dos Capuchos, em Lisboa, aos 89 anos.
Urbano Tavares Rodrigues nasceu em Lisboa, a 6 de dezembro de 1923, filho de uma família de grandes proprietários agrícolas de Moura, Alentejo. Frequentou o curso de Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Militante do Partido Comunista Português, Urbano Tavares Rodrigues foi impedido de lecionar em Portugal por razões políticas. Esteve preso em Caxias, tendo acabado por se exilar em França.
Durante o exílio teve oportunidade de conviver com alguns dos maiores intelectuais dos anos 1950. Depois do 25 de abril de 1974, regressou a Portugal. Lecionou na Faculdade de Letras, foi crítico literário e jornalista.
Autor de diversos romances, Urbano Tavares Rodrigues escreveu também em diversas revistas e jornais de renome, como o “Bulletin des Études Portugaises”, a “Colóquio-Letras”, o “Jornal de Letras”, “Vértice”, "Nouvel Observateur", entre outros. Foi diretor da revista Europa e crítico de teatro nos jornais “O Século” e “Diário de Lisboa”.
O seu último livro, "Escutando o rumor da vida seguido de solidão em brasa", foi lançado em 2012. Com uma carreira literária de 61 anos, Urbano Tavares Rodrigues recebeu vários galardões literários como o Prémio Ricardo Malheiros com a obra “Uma Pedrada no Charco”, o Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários, o Prémio da Imprensa Cultural, o Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores e o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco.