‘Portugal’, a mais recente obra do lusodescendente Cyril Pedrosa, publicada em 2011 na colecção ‘Aire Libre’, da editora Dupuis, é o pretexto para conhecer o trabalho de «um dos mais incontornáveis autores de BD da atualidade», que estará presente numa sessão a 31 de maio, às 18:30, na Residência André de Gouveia – Fundação Calouste Gulbenkian, organizada em colaboração com o Instituto Camões e com o Festival ‘Parfums de Lisbonne’.
O desenhador será apresentado por Nelson Dona (diretor do Festival Amadora BD), onde foi autor convidado em maio 2006 e que lhe permitiu, nos três dias que ali passou, reabrir «um volumoso álbum de recordações» do país que visitara pelas mãos dos pais, segundo explicou no final do ano passado ao jornal Público.
Voltou em 2008 durante três meses e ‘Portugal’ surgiu anos depois com as suas 260 páginas, uma obra aclamada pela crítica da especialidade e que recebeu vários prémios de Banda Desenhada em França.
Cyril Pedrosa, de uma família da Figueira da Foz que emigrou nos anos 30, nasceu a 22 de novembro de 1972 em Poitiers. Decidiu tornar-se desenhador durante a adolescência. Estudou desenho animado na escola dos Gobelins, tendo trabalhado nos estúdios franceses de animação da Disney, como assistente animador. Colaborou nomeadamente em O Corcunda de Notre-Dame e Hércules.
Depois de ter encontrado David Chauvel, lançou-se em 1998 na BD com a série Ring Circus e depois com Les Aventures spatio-temporelles de Shaolin Moussaka. Em 2006, Cyril Pedrosa cria Les Coeurs solitaires e, em 2007, Trois Ombres. Desde 2008, publica em Fluide glacial uma autobiografia romanceada Autobio.
A obra de Cyril Pedrosa conta com os seguintes prémios: Prémio dos Essenciais de Angoulême 2008, Prémio Tournesol em 2009, Prémio Le Point da BD 2011, Prémio de BD Fnac 2012, Prémio Sheriff d’or 2011 da livraria Esprit BD com Portugal e o Prémio Bédélys Monde 2011 para Portugal.