Especialistas de vários países reúnem-se de 15 a 17 de junho de 2016, em Díli, para debater o futuro da língua portuguesa, num encontro inserido nos esforços da CPLP para fomentar o uso do português a nível mundial. A presidente do Camões, I.P. participa nos trabalhos da “III Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial”, proferindo uma conferência no dia 16.
O encontro, promovido por Timor-Leste e apoiado pelo Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), marca a reta final da presidência de Timor-Leste da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A "3.ª conferência internacional sobre o futuro da língua portuguesa no sistema mundial" conta com intervenções em quatro eixos de debate, incluindo "português, língua pluricêntrica do século XXI" e "ensino e formação em língua portuguesa em contextos multilingues".
No encontro, que decorre no Centro de Convenções de Díli, haverá ainda debates sobre "o potencial económico da língua portuguesa" e sobre o "português, língua de cultura, ciência e inovação".
O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, enviou uma mensagem aos participantes em que considera “muito significativo que a IIIª Conferência Internacional tenha lugar em Timor- Leste e que entre os seus participantes se contem oradores de quatro continentes. E mais significativo ainda que, além de representantes dos países de expressão portuguesa, se encontrem também representantes do Vietname, “sinal da nossa ambição de alargarmos a base de falantes de português”.
O chefe da diplomacia portuguesa enfatiza que a melhor forma de promover a língua portuguesa é a de promover a sua afirmação como língua internacional, de comunicação e de negócios.
Considera como particularmente relevantes todos os eixos do programa da Conferência, a começar pela afirmação da realidade pluricêntrica do português no século XXI, passando pelo eixo do ensino e da formação, plataformas essenciais para o fortalecimento da língua.
Augusto Santos Silva destaca também a análise do potencial económico da língua portuguesa que, defende, deve continuar a ser aprofundado e valorizado, bem como, bem como a análise do português como língua de cultura, mas também de ciência e de inovação, dada a relevância das novas plataformas e linguagens mediáticas e digitais que possam levar a língua portuguesa a todos quanto ela possa interessar.
A “III Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial” foi precedida de dois eventos preparatórios em 2016, nomeadamente, o Colóquio da Praia “Língua Portuguesa: Ações e Projeções”, em maio, e o Colóquio de Díli “A Língua Portuguesa e a Globalização”, em fevereiro.
As duas primeiras conferências internacionais decorreram em Brasília e em Lisboa, nas quais foram aprovados os Planos de Ação de Brasília (PAB) e de Lisboa (PALis), em 2010 e em 2013, respetivamente.
Programa: Ver aqui
Com Lusa