O Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. (Camões, I.P.) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), organizam entre dias 17 e 18 de outubro de 2019, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, a V Conferência Internacional sobre Cooperação Triangular dedicada ao tema “Implementar BAPA+40 – o que se segue para a Cooperação Triangular?”
A conferência conta com a participação de mais de 150 representantes de governos, sociedade civil, fundações e empresas de todos os continentes e organizações regionais e Internacionais, incluindo representantes das Nações Unidas.
A sessão de abertura contará com a presença da Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro, do Diretor de Cooperação para o Desenvolvimento da OCDE, Jorge Moreira da Silva, da Presidente do Programa Ibero-americano para o Fortalecimento da Cooperação Sul-Sul e Diretora-Geral de Cooperação Internacional do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Argentina, Ana Ciuti, e do Administrador executivo da Fundação Calouste Gulbenkian, Guilherme d’ Oliveira Martins. A sessão contará ainda com o Diretor do Escritório das Nações Unidas para a Cooperação Sul-Sul, Jorge Chediek, como Orador Principal.
Portugal tem vindo a assumir um papel de destaque na promoção do debate internacional sobre Cooperação Triangular, através da coorganização com a OCDE de reuniões internacionais sobre este tema.
Para responder aos desafios climáticos, sociais e económicos globais é necessário desenvolver parcerias multi-atores que consigam desenvolver soluções inovadoras e assegurar que todos trabalhamos para um mundo mais sustentável e inclusivo. A Cooperação Triangular é parte desta solução. A Conferência responde ao desafio lançado na Conferência das Nações Unidas sobre cooperação sul-sul, este ano na Argentina, para encontrar novas formas de parceria entre o Norte e o Sul quebrando barreiras e promovendo o desenvolvimento sustentável.
Portugal considera que o seu posicionamento e tradição nas relações internacionais - fruto da sua inserção regional multidimensional – o coloca numa posição favorável ao estabelecimento de entendimentos, agregando diferentes perspetivas regionais e nacionais, e nesse sentido tem vindo a intensificar o seu trabalho nesta área através da assinatura de um conjunto de Memorandos de Entendimento com países da América Latina e do Norte de África.
A OCDE tem vindo a desenvolver um extenso trabalho de análise nesta área. A cooperação triangular representa hoje mais de 1000 projetos dos quais 40% são implementados em parceira com o sector privado, sociedade civil e fundações. Muitos dos projetos de desenvolvimento na área do ambiente não teriam acontecido sem esta parceria. Mais de um terço da cooperação triangular visa combater as alterações climáticas e procurar soluções energéticas sustentáveis.
A Cooperação Triangular desempenha um papel fundamental no reforço das contribuições para a paz e o desenvolvimento sustentável, promovendo abordagens horizontais e inclusivas, com potencial para se alargarem a outras áreas de interesse, com impactos mais duradouros.
Portugal concebe o futuro da Cooperação Triangular como expressão de num verdadeiro espírito de responsabilidades partilhadas, no contexto de um novo multilateralismo mais igualitário, baseado num novo equilíbrio entre países e regiões, e entre intervenientes estatais e não estatais.
A sessão de abertura, 17 de outubro, entre as 9h30 e as 10h30, é aberta à comunicação social, bem como a sessão de encerramento no dia 18 às 16h45.
Mais informações na página web do evento, em http://www.oecd.org/dac/dac-global-relations/international-meeting-on-triangular-co-operation.htm